A gestão de RH (Recursos Humanos) vem passando por profundas transformações nas últimas décadas. De uma função predominantemente operacional, ela evoluiu para um papel estratégico e essencial para as empresas.
Segundo uma pesquisa feita pela plataforma Think Work, três em cada dez departamentos de Recursos Humanos já fazem uso da Inteligência Artificial em processos diários, demonstrando uma tendência de automatização de tarefas burocráticas e priorização das atividades mais estratégicas.
Entenda, no texto a seguir, como um departamento de RH totalmente operacional pode prejudicar a sua empresa.
O que é um RH operacional?
O RH operacional é um modelo de recursos humanos popularmente conhecido por realizar atividades burocráticas necessárias para o funcionamento da empresa.
Essas tarefas padrão incluem o fechamento da folha de pagamento, controle de ponto e de benefícios, relações trabalhistas, gestão de funções, entre outras. Ao ter que realizar atividades repetitivas, o RH acaba tendo o tempo reduzido para se dedicar a tarefas mais estratégicas.
Qual a diferença entre o RH operacional e o estratégico?
O RH operacional concentra-se em tarefas burocráticas e administrativas, assegurando o funcionamento interno da empresa e sua conformidade com as regras. Já o RH estratégico prioriza o crescimento dos colaboradores, investindo em capacitação, desempenho e motivação para otimizar os resultados organizacionais.
Além disso, o RH operacional age de maneira reativa, resolvendo problemas à medida que surgem. Em contraste, o RH estratégico adota uma postura proativa, antecipando desafios e criando planos para evitá-los antes que se tornem grandes dificuldades.
Enquanto o RH operacional assegura o cumprimento das leis trabalhistas e a manutenção das operações, o RH estratégico foca em iniciativas que elevam o engajamento e a produtividade, alinhando as ações humanas aos objetivos estratégicos da empresa.
O RH operacional produz resultados imediatos, resolvendo questões urgentes. Por outro lado, o RH estratégico trabalha com uma visão de longo prazo, implementando mudanças estruturais que impactam positivamente a organização e o desempenho dos colaboradores ao longo do tempo.
Por que ter um RH operacional pode ser um problema?
É essencial que os gestores de empresas reflitam sobre o papel do Recursos Humanos em suas organizações. Ao manter o departamento totalmente operacional, a organização pode ter prejuízos.
Baixa retenção de talentos
Quando o Recursos Humanos não evolui suas práticas, ele fica em desvantagem na hora de atrair e reter talentos. Empresas com um departamento operacional enfrentam dificuldades para preencher vagas críticas, resultando em perda de oportunidades de negócio.
Dificuldade em gerenciar atividades
Quando o setor de Recursos Humanos é inundado por tarefas burocráticas, os profissionais tendem a ter dificuldades para gerenciar todas as obrigações. A sobrecarga de trabalho pode, inclusive, acarretar erros graves que prejudicam a empresa financeiramente.
Baixa motivação e engajamento
Profissionais de Recursos Humanos que ainda operam com uma mentalidade de controle e burocracia tendem a criar ambientes de trabalho desmotivadores. A falta de reconhecimento, de oportunidades de crescimento e de um ambiente positivo afeta negativamente o engajamento dos funcionários.
Falta de inovação
A inovação é um elemento crucial para a sobrevivência e competitividade das empresas. Quando o profissional de Recursos Humanos desempenha apenas uma função operacional, a companhia pode ter dificuldades em se adaptar às mudanças do mercado e às novas demandas.
Como transformar o RH operacional em estratégico?
Um dos pilares para a transformação do RH operacional em estratégico é a automação de atividades repetitivas. Isso permite que o tempo do profissional da empresa seja empregado de outra forma.
Um exemplo disso é o controle de ponto. Com ferramentas tecnológicas, o departamento pode rapidamente identificar as horas extras realizadas por cada colaborador e minimizar erros manuais durante o processo.
Para que o RH seja estratégico, é também necessário que os profissionais entendam as métricas de negócio, o modelo financeiro e os riscos organizacionais. Com a automação de funções, será possível se aprofundar ainda mais na cultura da empresa.
Um RH estratégico não é reativo, e sim proativo. As ações são feitas para construir algo melhor e maior no futuro, para atingir metas e melhorar o desempenho. Assim, é fundamental que a área possua um planejamento de Recursos Humanos.
Nesse planejamento, o RH pode incluir treinamentos e desenvolvimento das equipes ao longo do ano, definir eventos e ações internas de endomarketing, e promover eventuais melhorias no setor.
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