Um dos maiores desafios dentro das empresas é o controle de ponto. O tema, além de gerar diversas dúvidas, oferece um grande risco de ações trabalhistas em caso de erros.
Segundo o Relatório Geral da Justiça do Trabalho 2024, a Justiça Trabalhista analisou mais de 4 milhões de processos no ano passado, representando um aumento de 14,3% em comparação com o ano anterior. Nos últimos 20 anos, com exceção de 2018 e 2020, o indicador vem apresentando crescimento.
Para evitar que a empresa sofra com ações, é necessário garantir que todas as obrigações estejam sendo cumpridas. Isso inclui a gestão e o controle da jornada de trabalho.
Embora muito se fale sobre atrasos, faltas e horas extras indevidas, um comportamento cada vez mais comum dentro das empresas também merece atenção: o hábito de bater o ponto antes do horário do expediente.
À primeira vista, pode parecer um detalhe sem grandes implicações, mas, do ponto de vista jurídico, operacional e cultural, trata-se de uma prática que pode comprometer o controle da jornada, distorcer indicadores e até abrir brechas para passivos trabalhistas.
Entenda, no texto a seguir, quais são as implicações que esse tipo de atitude pode ter para as empresas e como o RH pode otimizar o controle de ponto.
Por que alguns funcionários batem o ponto antes da hora?
Afinal, se o início da jornada de trabalho de um funcionário é às 8h, por que ele bateria o ponto às 7h30, por exemplo? Existem diversas razões para isso:
Gerenciamento de tarefas
Alguns colaboradores querem começar suas tarefas mais cedo para gerenciá-las de maneira mais tranquila ao longo do dia. Isso ocorre principalmente quando há sobrecarga de trabalho e o trabalhador precisa fazer hora extra. Porém, em vez de estender o expediente ao final do dia, prefere iniciar a jornada antes do horário.
Demonstrar comprometimento
Em ambientes extremamente competitivos, alguns colaboradores podem registrar o ponto antecipadamente para passar a impressão de maior dedicação, mesmo que ainda não estejam efetivamente trabalhando. É o famoso “mostrar serviço” para os empregadores.
Busca por horas extras não autorizadas
Bater o ponto antes da hora pode ser também uma estratégia para acumular horas trabalhadas e, posteriormente, solicitar o pagamento de horas extras, mesmo sem autorização prévia da liderança.
Adiantamento involuntário
No caso de empresas com grande volume de funcionários, pode haver o receio de perder tempo na fila do relógio de ponto, o que poderia resultar em atrasos. Para evitar isso, os colaboradores optam por bater o ponto antes do horário, prevenindo descontos futuros.
Impactos de bater o ponto antes da hora
Embora pareça uma prática inofensiva, bater o ponto antes da hora pode acarretar diversos problemas para a empresa. Para o RH, isso influencia desde os cálculos da folha de pagamento até os indicadores de produtividade.
Um dos maiores riscos é a descaracterização da jornada de trabalho. A partir do momento em que o funcionário bate o ponto, a legislação entende que ele está à disposição da empresa, mesmo que ainda não tenha iniciado suas atividades.
Com isso, a empresa pode ser obrigada a pagar horas extras não previstas, além de reflexos em férias e adicionais decorrentes da propagação da jornada. De forma geral, a Justiça do Trabalho costuma considerar o registro de ponto como uma prova robusta. Ou seja, se bateu cedo, presume-se que estava trabalhando.
O controle de ponto também é um indicador de produtividade. Quando os colaboradores registram o início da jornada antes da hora, esses dados passam a ser pouco confiáveis, o que dificulta a criação de estratégias assertivas.
Por fim, se um funcionário acredita que está sendo “produtivo” ao bater o ponto mais cedo, e a liderança entende isso como irregularidade, o resultado pode ser um ruído na comunicação e um sentimento de frustração.
Como o RH pode prevenir registros antecipados

O RH desempenha um papel de grande importância no controle de ponto dos funcionários, sendo responsável por garantir que os registros sejam precisos e confiáveis.
Uma das principais ações é orientar e educar a equipe sobre a importância do cumprimento de horários e das políticas da empresa. Além disso, é fundamental fazer uso de boas ferramentas e sistemas de controle, avaliando sua eficácia constantemente.
Vale a pena também investir em uma cultura organizacional saudável, para que os colaboradores não se sintam pressionados a “provar” comprometimento. O RH deve reforçar que o foco deve estar no cumprimento correto do horário e que horas extras só devem ocorrer com autorização.
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