7 ações simples de saúde mental que ajudam a empresa a se adequar à nova NR-1

Nos últimos anos, a pauta da saúde mental deixou de ser apenas uma questão de bem-estar para se tornar uma exigência legal no Brasil. A adequação à nova Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), em vigor desde maio de 2025, obriga empresas de todos os portes a incluir riscos psicossociais no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), ao lado dos já tradicionais riscos físicos, químicos e biológicos.

A atualização também determinou que as empresas têm até um ano para se adaptar às novas medidas estipuladas.

Com isso, questões como estresse, assédio, sobrecarga de trabalho e falta de suporte emocional agora precisam ser monitorados, prevenidos e documentados com o mesmo rigor dedicado à segurança física.

Para os gestores, essa é a hora de dar início às adequações. E a boa notícia é que não é preciso gastar grandes quantias para isso. Com ações simples e de baixo custo, é possível criar um ambiente mais saudável, reduzir afastamentos, evitar multas e ainda melhorar o desempenho do negócio.

A seguir, listamos sete ações práticas que ajudam sua empresa a cumprir a nova NR-1 e fortalecer a cultura organizacional. Confira!

1. Criar canais seguros de escuta e apoio emocional

Abrir espaço para que colaboradores falem sobre seus desafios emocionais é um dos passos mais efetivos para prevenir problemas graves. É possível utilizar canais de denúncia anônimos, parcerias com psicólogos, grupos de apoio ou até encontros internos conduzidos por profissionais capacitados.

A NR-1 exige que haja participação ativa dos colaboradores na gestão do ambiente de trabalho, e oferecer esse tipo de recurso contribui diretamente para atender à norma e criar um clima de confiança.

2. Capacitar líderes para identificar e agir sobre riscos psicossociais

Gestores treinados são fundamentais para detectar sinais prévios de esgotamento, conflitos e assédio. Com a atualização da norma, o treinamento de líderes deixou de ser opcional e se tornou parte da conformidade.

Além de reconhecer comportamentos de risco, líderes precisam saber como encaminhar casos, oferecer feedback construtivo e agir preventivamente para manter a equipe equilibrada. 

Pequenos ajustes de conduta da liderança têm impacto imediato no bem-estar dos colaboradores.

3. Rever metas, cargas e jornadas para evitar sobrecarga

Metas inalcançáveis e jornadas exaustivas são fatores que aumentam o risco de burnout, que, segundo a OMS, é reconhecido como um fenômeno ocupacional desde 2022. Por isso, reduzir a sobrecarga de alto impacto.

Com uma implementação simples, o processo inclui equilibrar demandas, flexibilizar horários e respeitar pausas. Ferramentas de controle de ponto e gestão de jornadas ajudam a ter dados concretos para ajustar a carga de trabalho e comprovar conformidade em futuras fiscalizações.

4. Implementar políticas claras de prevenção ao assédio

O assédio moral ou sexual tem consequências diretas para a saúde mental e está listado entre os riscos psicossociais que precisam ser gerenciados. A empresa deve adotar políticas de tolerância zero, com procedimentos claros para denúncias e proteção às vítimas.

Além de evitar entraves trabalhistas, essa medida reforça o alinhamento à NR-1 e constrói uma imagem de respeito e segurança para os colaboradores e a sociedade.

5. Promover equilíbrio entre vida pessoal e profissional

A desconexão fora do expediente deve ser incentivada. Para isso, é necessário evitar contatos fora do horário de trabalho e respeitar os períodos de descanso.

Segundo dados da OMS, empresas que incentivam o equilíbrio entre vida e trabalho têm índices menores de turnover – rotatividade de funcionários – e maior produtividade. Uma ação simples como não enviar mensagens no grupo corporativo à noite já contribui para esse equilíbrio.

6. Oferecer treinamentos e campanhas de conscientização

Palestras, workshops e campanhas sobre saúde emocional ajudam a manter o tema em alta na cultura organizacional. Quando realizados de forma contínua, esses eventos reduzem a resistência ao assunto e incentivam a busca por ajuda antes que a situação se agrave.

Lembre-se de que, na NR-1, a capacitação recorrente é obrigatória e deve ser documentada, servindo como prova em fiscalizações.

7. Usar tecnologia para monitorar e ajustar práticas de forma contínua

A gestão ativa dos riscos psicossociais requer dados precisos. Sistemas de automação de RH e controle de ponto permitem acompanhar métricas como horas extras, pausas e padrões de jornada, que são indicativos de sobrecarga e estresse.

Com essas informações, o RH pode agir de forma mais rápida e efetiva para corrigir excessos e documentar as ações preventivas exigidas pela NR-1.

Por que é importante se adequar às novas formas?

A Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), criada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, é a base das diretrizes de segurança e saúde no trabalho no Brasil, aplicável a empresas de todos os portes.

A conformidade com suas exigências não é opcional, trata-se de uma obrigação legal, e o descumprimento pode gerar multas, sanções e até interdições.

Vale destacar que a atualização entrou em vigor em maio de 2025, mas as penalidades começam a valer a partir de maio de 2026. Esse intervalo de 12 meses foi estabelecido justamente para que as empresas tenham tempo hábil para ajustar processos, treinar equipes e implementar práticas preventivas.

Se você é gestor, essa demanda é uma urgência. Iniciar as medidas de adequação hoje significa não apenas evitar problemas com a fiscalização, mas também construir um ambiente de trabalho mais saudável, produtivo e alinhado às exigências da lei.

RP Ponto: tecnologia para apoiar o RH na adequação à NR-1

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